27 de agosto de 2015

A cegueira do departamento de futebol do Flamengo


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A desclassificação do Flamengo na Copa do Brasil escancara a fragilidade de um departamento que nunca foi unanimidade dentro do clube. Se melhoramos no marketing, damos aula nas finanças, no futebol ainda somos juvenis. Bem juvenis. Tão juvenis que não há planejamento nem visão do certo e do errado e isso, mesmo muita gente não acreditando, também entra em campo.

Nem tenho a intenção de apontar o dedo para essa ou aquela pessoa. Quem acompanha o futebol sabe que as coisas mudam de uma derrota para uma vitória tão rápido quanto algumas pessoas casam e descasam. Deve ser por isso que somos apaixonados por ele. Hoje estamos com a cabeça inchada mas no domingo, o Mengão entrará em campo com uma possibilidade de tirar um cadinho desse inchaço. Além do mais, quem me acompanha sabe que essa coisa de apontar o dedo e culpar esse ou aquele dirigente/jogador/treinador não é muito a minha vibe. A minha vibe é mesmo falar do Flamengo.

Porém, como o ano pífio do futebol do Flamengo, não dá para não falar de pessoas ou de um departamento. Alguns erros ao longo desse ano não podem se repetir, seja qual for o presidente que entrará para o próximo triênio.

O departamento de futebol apostou em jogadores desconhecidos com um técnico conhecido e experiente. Essa combinação não fez o Flamengo ganhar um carioca. No meio da temporada, mudou o planejamento. Trouxe jogadores conhecidos e experientes, mas contratou um técnico inexperiente. Deu errado de novo.  E o pior: insistiu demais nesse técnico. Talvez aí tenha sido o maior  erro do departamento de futebol neste ano. Não estou questionando a seriedade do Cristovão, nem a sua competência. Porém, quando foi contratado, a maioria da torcida do Flamengo sabia que não ia dar certo.  Não é adivinhação e nem aquela questão do 'eu falei'. Não tem o perfil, assim como o Jorginho e o Silas também não tinham. Cristovão jogou no lixo as semanas inteiras de treinamento mantendo o mesmo esquema que não deu certo com o Luxemburgo em quase metade do ano.

A cegueira em não identificar a competência de pessoas que trabalham com o futebol do Flamengo parece ser a grande dificuldade. Lidar com pessoas é mesmo mais difícil que lidar com números. Deve ser difícil ter planejamento quando as pessoas que estão no projeto não o abraçam. O departamento de futebol peca em não identificar pessoas que não estejam alinhadas com o projeto e fazem figuração. No departamento de futebol (e isso incluo jogadores) há os que se importam, os que se importam às vezes e os que não se importam, que fazem figuração.

Acredito que num dia após uma eliminação vergonhosa como foi a da Copa do Brasil, é mais fácil de identificar quem é quem no departamento de futebol do Flamengo.

As pessoas que estão lá e se importam estão em-pu-te-ci-das ou com cara de velório.  Ficaram chateadas, não entendem como o Flamengo conseguiu ser desclassificado e pensam em soluções para sair da situação que o Flamengo está.  Pela minha avaliação de longe, que pode estar errada, claro, tem 5 ou 6 jogadores desse elenco que estão assim hoje.

Os que se importam às vezes é a maioria desse elenco do Flamengo. É aquele cara se esforça, mas o esforço dele em jogo decisivo é aquela coisa que ele tinha que ter em jogo normal. Ele não tem um "up" de motivação.  Não entende que o salário dele é para deixar o suor em campo, para honrar o Manto e que, para tudo isso acontecer, todo empenho, às vezes, será pouco. O Flamengo sempre precisa de mais. Esses pessoas, sejam jogadores ou dirigente, funcionam quando são pressionados.  Literalmente, precisam de uma babá para se movimentar.

Os que fazem figuração são facilmente identificáveis, tanto dirigente, quanto jogador. Dirigente que só vai em boa, sorri para tudo e todos, não entende nada de futebol mas quer mandar em tudo. O jogador é aquele que não tem a mínima consciência que o seu corpo é instrumento de trabalho. Então, não tem o repouso adequado, não tem cuidado na recuperação de lesão,  tem esforço feito em hora indevida e os hábitos sociais que não condizem com a vida de atleta. Não identificar quem nada acrescenta e que prejudica muito tirando do nosso Flamengo é um erro tão grande quanto não tirar o técnico que não consegue desenvolver um bom padrão para o time.  Nesse quesito, nota zero para o departamento de futebol que liberou jogadores que se importam e manteve gente desse tipo.

Se o futebol tivesse fórmula pronta como as finanças, o Mengão estava bem pra caramba. Mas não tem. O departamento de futebol não tem só erros, tem acertos. Mas, desculpa, não dá para falar de acertos depois de uma eliminação vergonhosa como a da Copa do Brasil.

Com erros também se aprende.  O time que vai terminar 2015 é melhor do que o que terminou em 2014.  

Será que vem aí um 2016 melhor que 2015?

Saudações!


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