23 de janeiro de 2014

O torcedor e o direito sagrado à vaia


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Futebol está ficando chato bagarai. Não se pode provocar que é desrespeito. Não se pode comemorar com a torcida porque ameaça a segurança do estádio. Não se pode sacanear torcedor de time adversário porque é bullying. A mais nova onda agora é que não se pode vaiar jogador. A desculpa mais esfarrapada e cretina que já ouvi é que não vai agregar nada. Pera aí, cara-pálida: como não vai agregar nada?

Não sou o tipo de torcedora que vaia jogador em estádio. Acredito que o grito de incentivo é mais importante que o xingamento. É a MINHA forma de torcer. É a MINHA forma de ver o espetáculo que EU PAGO para assistir. E se alguém ousar a interferir nisso, como já aconteceu, vai ser ignorado solenemente. Como é que alguém pode ousar em criticar a forma de uma pessoa aproveitar o momento de lazer dela? Não sei se é petulância, falta de vergonha na cara ou cretinesse mesmo.

Embora eu, geralmente, não participe de xingamentos ou vaias a jogadores em estádios ou até mesmo em Rede Social, minimizar a importância delas é quase uma afronta. O jogador que recebe a vaia, mesmo que tenha o emocional abalado, que possa ficar nervoso em novos lances que surgirão no jogo, não a recebe por acaso.

Pára com essa história de perseguição que muitos tentam imprimir. Carlos Eduardo era vaiado porque se escondia do jogo, Mattheus foi vaiado porque foi displicente e perdeu um gol na cara do goleiro (embora eu ache que a vaia também tem a ver com a lambança da negociação dele com a Itália) e  Digão foi vaiado porque errou tudo o que pode e que não pode na lateral direita no jogo contra o Volta Redonda. E para completar, depois de ser vaiado, ainda teve dois lances que o lateral-esquerdo do Volta Redonda fez da região dele uma avenida. Aos que falam que isso aconteceu porque ele estava abalado psicologicamente pelas vaias, eu discordo. Se tivesse sofrido algum abalo psicológico pelas vaias, se tivesse agregado algum valor, o mínimo que ele teria era cuidado.  Ele teve cuidado em defende o lado de campo que era dele?

É óbvio que isso não é uma cruzada contra os jogadores acima. Eles foram usados como exemplo porque são recentes e para explicar que o direito a vaia do torcedor é sagrado. Sempre foi assim e espero que continue sendo. O futebol já está almofadinha demais sem provocação a adversários, gozações a co-irmãos.

Jogador ou treinador que acha que vaia não agrega valor tem todo o direito de acharem o que quiser, é claro. Mas, de repente, um dos segredos dos vitoriosos do futebol está em saber usar tantos os bons momentos, quanto os momentos ruins em beneficio próprio.

Saudações!

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