10 de maio de 2009

Ela é sensacional


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A primeira vez que lembro o quanto era importante para minha mãe foi quando ela faltou um dia de trabalho a tarde para ficar comigo doente. Eu tinha uns 10 anos. Minha mãe era uma workaholic. Até então não tinha essa sensação, de que era mais importante do que o trabalho dela, mas é obvio que eu era. Um filho sempre é mais importante que o trabalho, por mais que uma mãe goste do seu trabalho.
 
E Mami precisava trabalhar. Não teve nem pai rico e nem mãe rica. Foi assim que eu cresci e me desenvolvi. Com uma mãe que tinha um trabalho que arrebentou com a saúde dela. Com uma mãe que se esforçava horrores para estar presente em momentos essenciais, como reuniões de escola e outras festas. Com uma mãe que me privilegiou com muitas coisas que não é qualquer brasileiro que tem.
 
Quando eu tinha 14 anos, eu tive o primeiro medo de perde-la. Ela foi internada as pressas porque passou mal no trabalho por causa do stress que era submetida. Eu demorei uns 20 minutos para entrar no quarto do hospital e quando eu entrei ela me olhou e perguntou: "E aí filha, como está no volei?"  Ela estava ali, doente numa cama mas estava querendo amenizar o que eu estava sentindo falando de uma coisa que eu gostava. Até os meus 24 anos, perdi a conta de quantas vezes a levei para o hospital por causa dos stress dela. Percebi pelo telefone que ela estava passando mal, passei a noite na porta da UTI mesmo não a vendo, tinha na minha agenda os nomes dos médicos, com telefones.  Dessa fase, que fudeu o sistema nervoso autônomo dela, eu não tenho nenhuma saudade, até porque deixou sequelas. 
 
Ela é minha grande referência. Graças a minha mãe eu sou rubro-negra. Sim, mamãe nos levava (a criançada da familia) ao Maraca para ver o Mais querido. Graças a minha mãe eu mudei de profissão na hora certa. E hoje eu não me arrependo. Graças a minha mãe, que sempre me cuidou muitissimo bem, nunca tive nenhuma doença grave em nenhuma esfera. Graças a minha mãe tive uma educação ímpar que me permite não só ser uma boa profissional como uma grande pessoa.
 
Hoje, aos 30eAlguns, vejo o quanto essa mulher é especial. Nunca me faltou amor. Nunca me faltou uma palavra de incentivo quando as coisas não andavam como eu queria. E quando eu estava ansiosa por alguma coisa que não acontecia, aquele olhar de ternura nunca me largou.  
 
Minha relação com ela é cármica. Somos duas pessoas completamente diferentes que caminham juntas. Ela é perua, eu sou simples. Ela é pura emoção, eu sou a razão em pessoa. Ela adora contar estórias, eu nem me lembro das estórias que eu vivi. Ela é pró-ativa, eu sou uma ursa.
 
Tem gente querendo ter filhos como ela tem. Tem gente que quis tê-la como mãe mas não entendeu o que é ser filho dela. Eu sou especial por seu filha dela. Sinto-me assim. Mãe com a qualidade da minha não se encontra em qualquer lugar.  Por isso eu a amo incondicionalmente. Eu a amo acima de tudo.
 
Mamis é um espetááááááááculo!

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